Fotografando para festejar
Sou um festeiro congênito. Acredito mesmo que já na barriga da minha mãe fiz muita festa, mensalmente, durante os seus nove meses de gravidez. E, óbvio, não parei nunca mais depois que nasci. As vezes chego a pensar que a escolha da fotografia como profissão tem um pouco a ver com isso. Fotografar para mim sempre foi uma festa.
Talvez essa seja a razão que sempre deixei acumular 10 anos para festejar meu aniversário profissional. Meu primeiro decênio de fotógrafo comemorei com uma exposição no Museu do Ingá, com mais um fotógrafo, Cesar Barreto; meus vinte anos foram comemorados com uma página dupla no Talent; os trinta com um livro de fotografias PB, com fotos de forró; os quarenta com mais uma exposição, desta vez no Campus Avançado.
Este ano, festeiro como sou, me adianto às comemorações do meu jubileu de ouro para festejar meus dez anos de fotografia digital, com uma exposição na Sala José Cândido de Carvalho, com vernissage marcado para o dia 9 de junho: “Vermelho”. Um projeto de revisitação aos meus arquivos de fotografias digitais para buscar fotos de distintas oportunidades que dialogassem entre si pelo discurso da cor. A cor vermelha.
Vermelho do sinal de alerta. Vermelho do sinal de trânsito que nos faz parar. Parar para rever 10 anos de um novo desafio tecnológico para um velho fotógrafo analógico.