Passeando pelas artes paraibanas
Aproveitando compromissos culturais na Paraíba nos dias 28 e 29 de abril, mais precisamente em Campina Grande — terra do maior São João do Mundo, prolonguei minha viagem até João Pessoa, para me encontrar com os artistas locais e visitar a Estação das Artes, no complexo da Estação Cabo Branco.
Meu objetivo, naquele dia 30, era conversar com a curadora, Lúcia França, que havia demonstrado interesse em minhas fotos da Residência Artística no Quilombo São José da Serra, no interior do Rio de Janeiro.
Vi uma João Pessoa fervilhando de entusiasmo no campo das Artes. Assisti a um “Concerto para mão esquerda”, de Maurice Ravel, que era apresentado pela primeira vez na Paraíba, com solo de Antônio Vaz Leme regência do Maestro Carlos Durier. Uma sala de concertos recém reformada, totalmente lotada, com o público sentado até nos degraus dos corredores laterais, aplaudindo entusiasticamente os intérpretes, que foram obrigados a voltar à cena meia dúzia de vezes para agradecer.
Mas, apesar de ter me deleitado com a música, a sala o entusiasmo contagiante do público paraibano no concerto, estava mais focado nas Artes Visuais. Nesse mesmo espaço cultural, o Espaço Cultural José Lins do Rego, com uma sala de concerto, um teatro, uma galeria – em reforma, tive a oportunidade de ser apresentado a Maurise Quaresma, diretora da Galeria Archidy Picado e Edilson Parra, curador e diretor de Artes Visuais do equipamento cultural, que davam os últimos retoques numa exposição de gigantografia sob o tema das poesias de Augusto dos Anjos, para o vernissage que aconteceria poucos minutos depois, com performances poéticas e uma apresentação musical. Mais tarde voltamos a conversar mais despreocupadamente sobre os projetos de Artes Visuais para 2015.
Sobre o encontro com a Diretora da Estação das Artes, depois de uma recepção calorosa e uma visita às belas exposições em cartaz e outras dependências de projetos educativos do lugar, podemos deixar acertado uma exposição do meu trabalho com os quilombolas para o mês de comemoração da Consciência Negra, em novembro.
Mas engana-se quem pensa que só volto à Paraíba em novembro, porque a Paraíba conquistou definitivamente o meu coração.