Desde que empunhei profissionalmente uma câmera, em 1968, já se passaram 47 anos. Foi um longo percurso profissional pela publicidade; fotojornalismo; foto industrial e social; passando pelo magistério de fotografia, formal, em Faculdades de Comunicação – Gama Filho e Federal Fluminense – e livre – MAM – Museu de Arte Moderna RJ, SESC, Sociedade Fluminense de Fotografia. Fotografia estática e fotografia de vídeo: institucional, instrucional e videoarte.
Neste período testemunhei toda sorte de mudanças técnicas na linguagem fotográfica: físico-químicas, mecânicas, até a explosão da fotografia digital. Fiz de tudo dentro da profissão. De 3×4 a outdoor; de PB a cor, em negativo e cromo; fotografando, revelando e ampliando. Da primeira exposição, em 1978, para comemorar os 10 primeiros anos de profissão, até a que comemora os 10 anos como fotógrafo digital, em 2015, já pendurei fotos em dezenas de paredes pelo Brasil e no exterior: Argentina; Bolívia; Colômbia; Itália; e Alemanha.
Morei com Quilombolas e Indígenas, em projetos de Residência Artística. Para fechar esta proposta de documentação da Cultura dos Povos Tradicionais do Brasil me falta morar com os Caiçaras. Aguardo outras oportunidades para seguir este caminho para ensaios mais longos, com trocas culturais e estéticas. Sigo lendo o mundo imagético com um olhar cada vez mais poético, para doar às imagens os sentimentos de homem maduro, aos 65 anos de idade.